Em 45 dias da nova gestão municipal em Macau, o prefeito Tulio Lemos vem mantendo um diálogo franco com os servidores públicos. Nesta quarta-feira, 15, aconteceu a terceira rodada de negociação, desta vez, com a presença de 15 servidores e ainda dos representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação-SINTE e do Sindicato dos Servidores Municipais de Macau SINDISMAC.
Inicialmente, o prefeito Tulio Lemos apresentou uma radiografia das finanças da prefeitura em relação às receitas e o desembolso da prefeitura com a folha de pagamento e mostrou ainda uma proposta de pagamento dos atrasados, onde de acordo com os números apresentados, somente no próximo mês de março essa negociação vai gerar um impacto de R$ 375.356 mil na folha dos servidores.
Esse impacto de R$ 375,356,40, segundo explicou o prefeito, corresponde aos atrasados deixados pela gestão anterior, em relação a folha dos professores, que estava empenhada no Programa Brasil Carinhoso, no mês de dezembro de 2016, como também a folha de novembro dos inativos, relativo aos que recebem até um salário mínimo, assim como a folha dos efetivos referente ao mesmo mês.
Ainda nesse montante de quase R$ 400 mil, estão a folha de novembro de 2016 dos ativos, relativo aos que recebem até dois salários mínimos, assim como a folha de 13º salário (1/12 avos), correspondente ao período de greve dos professores.
Dívida de mais de R$ 3 milhões
Mesmo com esse desembolso em março, a prefeitura ainda ficará com uma dívida de R$ 3.231,477,99 milhões. De acordo com a proposta apresentada pelo representante do SINTE, Francisco Alan e acatada pelo prefeito Tulio Lemos, ficou acertado o parcelamento dessa dívida em 15 meses, sendo que esse pagamento aconteceria a partir de maio e, caso a Caixa Econômica antecipe os valores da negociação da folha de pagamento dos servidores, estimado em R$ 1,4 milhão, essas parcelas seriam antecipadas. Com a negociação, o impacto mensal na folha, a cada parcela será perto de R$ 215 mil, valor correspondente média mensal do custo do Hospital Antonio Ferraz.
“Tratamos essa questão com o servidor com a mais absoluta transparência. Os representantes das categorias é quem vão escolher como será utilizado esse recurso da venda da folha, de forma que esse volume de dinheiro seja utilizado na sua totalidade para a redução dessa dívida herdada pela nossa gestão”, disse o prefeito.